17 avril 2006

um sopro









“Minha amiga deve ser um pássaro,
Porque voa!
Minha amiga deve ser imortal,
Porquanto morre!
Tem farpas qual abelha.
Ah, singular amiga,
Tu me intrigas!”


Emily Dickinson

Algo como uma fumaça... quase imperceptível. Dessas que o vento leva até desaparecer. Uma fumaça de cigarro com seus veneninhos. Acho melhor assim.

4 commentaires:

Anonyme a dit…

Um pombo desagou um sopro em celulose pra ti esses dias?
E tu ainda vives?
Mande notícias.
E atenda o telefone quando ele tocar mais de 3 vezes. Significa: tô querendo falar contigo, pô! ;p

PS: visite o flog enquanto não retorno com o blog... fotinhas novas...

Bisous, mon cher cher ^^

Anonyme a dit…

*desaguou...
tsc... erros de digitação do mal ^^

bisous de novo

Gisalina a dit…

te liguei de manhã porque queria te convidar pra vir almoçar aqui em casa mas como tu não me ama mais nem pra retornar a ligação, né? Então tá.
:P

Mme. A. a dit…

Leve, leve, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo.

~~ Alberto Caeiro

Comecei a escrever um email a um amigo hoje pela manhã. Ele se iniciava com esse poeminha do Caeiro, porque me sentia como uma brisa e os pensamentos que eu levava a ele pela carta, também tinham que ser entendidos dessa forma, ainda que entre as linhas -- que não foram escritas por mim, posto que eram citações -- estavam escondidas obscenidades e loucuras. Acabei me convencendo que não posso ser brisa, nem quando quero. Ainda que alguns me chamem assim, sou sempre vendaval. Não sei ser leve, não sei ser corte superficial. Sempre tenho que fazer sangrar e derrubar os muros.

Ainda que o faça com uma delicadeza e uma graça fenomenal.

:-D

Melhor um vento que derruba seu vaso de samambaia do muro do que um que nunca se percebe.

Estou detestando essas minhas leituras da Fuvest. Machado de Assis está me fazendo inverter todos os pronomes e pensar espontanemante coisas assim:

"Ora pois que se me quebrou a alça da minha algibeira!"

Quando eu nada mais queria que falar:

"Puta merda, quebrou a outra alça da minha bolsa..."

Acho que estou ficando velha, caquética e retrógrada. Ou então tenho um espírito do século XIX encarnado no meu cérebro.

Vai entender, vai entender.