Esta é a mala de couro que contém a famosa coleção. Reparem nas minhas mãos, vazias. Meus bolsos também estão vazios. Meu chapéu também está vazio. Vejam. Minhas mangas. Viro de costas, dou uma volta inteira. Como todos podem ver, não há nenhum truque, nenhum alçapão escondido, nem jogos de luz enganadores. Ana Cristina Cesar
30 août 2005
nine million rainy days
Dias de chuva interminável e eu penso que não precisamos ver esses dias assim, tão cinzentos. De manhã, eu via a cidade passando pela janela do metrô, o céu escuro, mas as coisas brilhavam e as cores eram mais vivas, como se tivessem sido lavadas. Tudo lá fora parecia limpo, o que é uma grande mentira. Mas finjamos um pouco, afinal aqui é o meu mundo de ficção [o mais verdadeiro que eu conheço]. Cedo demais para sonhar, mas as mãos eram reais, o rosto real e os olhos e o sorriso que falam, brilhando, bem diante de mim. Nunca vi isso antes. Um silêncio que brilha, debaixo do guarda-chuva. O pianinho de Belle & Sebastian fazendo a trilha sonora que não sai da cabeça. Qual era mesmo o significado da expressão "chovendo cães e gatos"? Nota-se que fiquei desorientado.
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1 commentaire:
Não gosto nem de pensar em dias de chuva. Eles são inexoráveis demais. Alias chove agora aqui. Há desespero de não sobreviver. Isso me lembra uma música It’s 4 AM and I just got home
And everybody’s asleep
So I just keep listenin’
To Irma Thomas sing
"It’s rainin' and rainin’"
Over and over again bonita figura. =***
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