Esta é a mala de couro que contém a famosa coleção. Reparem nas minhas mãos, vazias. Meus bolsos também estão vazios. Meu chapéu também está vazio. Vejam. Minhas mangas. Viro de costas, dou uma volta inteira. Como todos podem ver, não há nenhum truque, nenhum alçapão escondido, nem jogos de luz enganadores. Ana Cristina Cesar
24 juillet 2006
Brigitte n'est pas Deneuve
O relógio se aproxima das duas da tarde e da noite para o dia o céu foi ficando cinza, o vento varrendo todos os ruídos do bairro Cristal. Lia em voz alta os poemas do Roberto Piva até que o cigarro apagasse, até o CD parar de tocar. Impossível ler Roberto Piva mentalmente. Ele rouba o ar que você respira. Ele carrega você pelas calçadas molhadas da Paulicéia. Ele me deixa paralisado de espanto e fascínio. Roberto Piva é para ser lido de um só fôlego.
Ontem assisti a dois filmes do François Truffaut e, até então, não me dava conta da beleza singular de Catherine Deneuve. Diziam-me que sua beleza era glacial, mas depois de tê-la visto em "A Sereia do Mississipi", discordei totalmente dessa opinião. Perto de Catherine, Bardot não passa de uma pirralha.
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2 commentaires:
Suspiros...
...Truffaut!
Penso em relógios que resolveram parar no tempo...
...e o tempo tem cor de cinza. Não esse que vejo pela janela embaçada de onde estou...mas esse que insiste em não me esperar.
Caieiro acendeu mais um cigarro para mim...
...e o café esfriou de modo indigesto...contudo, cada gole foi sorvido com sofreguidão.
E outro dia foi-se.
nao conheço roberto piva. =/
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