
O relógio se aproxima das duas da tarde e da noite para o dia o céu foi ficando cinza, o vento varrendo todos os ruídos do bairro Cristal. Lia em voz alta os poemas do Roberto Piva até que o cigarro apagasse, até o CD parar de tocar. Impossível ler Roberto Piva mentalmente. Ele rouba o ar que você respira. Ele carrega você pelas calçadas molhadas da Paulicéia. Ele me deixa paralisado de espanto e fascínio. Roberto Piva é para ser lido de um só fôlego.
Ontem assisti a dois filmes do François Truffaut e, até então, não me dava conta da beleza singular de Catherine Deneuve. Diziam-me que sua beleza era glacial, mas depois de tê-la visto em "A Sereia do Mississipi", discordei totalmente dessa opinião. Perto de Catherine, Bardot não passa de uma pirralha.
2 commentaires:
Suspiros...
...Truffaut!
Penso em relógios que resolveram parar no tempo...
...e o tempo tem cor de cinza. Não esse que vejo pela janela embaçada de onde estou...mas esse que insiste em não me esperar.
Caieiro acendeu mais um cigarro para mim...
...e o café esfriou de modo indigesto...contudo, cada gole foi sorvido com sofreguidão.
E outro dia foi-se.
nao conheço roberto piva. =/
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