Esta é a mala de couro que contém a famosa coleção. Reparem nas minhas mãos, vazias. Meus bolsos também estão vazios. Meu chapéu também está vazio. Vejam. Minhas mangas. Viro de costas, dou uma volta inteira. Como todos podem ver, não há nenhum truque, nenhum alçapão escondido, nem jogos de luz enganadores. Ana Cristina Cesar
29 novembre 2005
no dia em que eddie vedder esteve em porto alegre...
Dani, eu não precisei pedir. Eddie cantou Daughter e eu fiquei pensando em você, como se você estivesse no show. Ele cantou Jeremy e tantas outras, dessas que habitavam a minha vida e que já estavam gravadas há muito tempo na memória. Ouvi a voz dele de perto, todas aquelas músicas tocadas à enésima potência, cantadas naquele único e exato momento. Uma noite sufocante, onde um copo d'água valia três reais e o público estava exaltadíssimo. Strokes pareceu uma festinha de aniversário. Mudhoney pôs abaixo qualquer esperança de ordem, era o caos antecipando a longa espera desde que Ten aparecia por aqui. Escrevendo assim, tão toscamente, fica a impressão de que vivi um daqueles momentos delirantes, onde poderia lhe jurar que estive presente num show do Pearl Jam. Eddie Vedder a poucos metros dali, celebrando o momento com uma garrafa de vinho. Talvez aqueles que um dia viram Jim Morrisson ou Robert Plant nos tempos do Led Zeppelin pudessem explicar melhor. Não há palavras que traduzam. E você me entende. A nossa relação com a música, esse vício que compartilhamos, cada qual à sua maneira, talvez só mesmo a própria música para traduzir. Estou ligeiramente paralisado, ainda não estou acreditando.
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4 commentaires:
Só fica escrevendo pra dani, não venho mais aqui.
Oi, te conheço?
Ah, claro você é o amigo da DANI!
Ah...
Ocean não tocou? Nem Nothing Man? Ou Black? Bem, é mais provável que eu não tenha estado lá, de fato...
Porque o som do não ouvir é alto como um telefone estragado...
Tu me liga e eu estou dormindo... Liga hoje liga hoje liga hoje!!!!!!!
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