Esta é a mala de couro que contém a famosa coleção. Reparem nas minhas mãos, vazias. Meus bolsos também estão vazios. Meu chapéu também está vazio. Vejam. Minhas mangas. Viro de costas, dou uma volta inteira. Como todos podem ver, não há nenhum truque, nenhum alçapão escondido, nem jogos de luz enganadores. Ana Cristina Cesar
16 mars 2006
Cocoon
Não estou inventando. Da mesa da sala, pude ver que a joaninha que me visitara esses dias, lá estava, aparentemente imóvel, pousada no alto da cortina. Aproximo-me para ter certeza de que não era apenas um ponto escuro, como naquele conto da Virginia Woolf. Para minha surpresa, ela se espreguiça, bem diante de mim, sob o forte sol da manhã, ajeitando seus elitrozinhos. Havia despertado ao som de Björk cantando "Cocoon" (não é de se duvidar que ela também estivesse cantarolando). Da ponta do meu dedo, ela alça vôo em direção ao leste. Estariam esperando por ela? Quem sabe, quando retornar, ela possa trazer você de volta. Dizem que joaninhas sempre trazem boas notícias (ou fui eu que inventei isso?).
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