16 mars 2006

Cocoon




Não estou inventando. Da mesa da sala, pude ver que a joaninha que me visitara esses dias, lá estava, aparentemente imóvel, pousada no alto da cortina. Aproximo-me para ter certeza de que não era apenas um ponto escuro, como naquele conto da Virginia Woolf. Para minha surpresa, ela se espreguiça, bem diante de mim, sob o forte sol da manhã, ajeitando seus elitrozinhos. Havia despertado ao som de Björk cantando "Cocoon" (não é de se duvidar que ela também estivesse cantarolando). Da ponta do meu dedo, ela alça vôo em direção ao leste. Estariam esperando por ela? Quem sabe, quando retornar, ela possa trazer você de volta. Dizem que joaninhas sempre trazem boas notícias (ou fui eu que inventei isso?).

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