Esta é a mala de couro que contém a famosa coleção. Reparem nas minhas mãos, vazias. Meus bolsos também estão vazios. Meu chapéu também está vazio. Vejam. Minhas mangas. Viro de costas, dou uma volta inteira. Como todos podem ver, não há nenhum truque, nenhum alçapão escondido, nem jogos de luz enganadores. Ana Cristina Cesar
13 novembre 2006
dark chocolate
E você não parece entender
Que vergonha, você parecia ser um
homem honesto
E todos os medos
aos quais você tanto se apegava
Sussurram em seus ouvidos
E você sabe
que o que eles dizem pode te ferir
E sabe que significa tanto
E não sente nada
Estou caindo,
estou enfraquecendo
Eu perdi tanto...
E você não parece
ser do tipo que mente
Que vergonha, eu posso ler sua mente
E todas as coisas que li
Iluminam a velas o
sorriso que compartilhamos
E você sabe que eu não quero te machucar
Mas sabe que significa tanto
E não sente nada
Estou caindo
estou enfraquecendo
estou me afogando
Me ajude a respirar
Estou machucado, eu perdi tudo
Estou perdendo
Me ajude a respirar...
"Duvet" - bôa
Sente que seus passos estão a cada dia mais curtos, inseguros. Caminha olhando para baixo, assustada. A areia do tempo escoa sobre ela. Areia imovediça. Anda assustada com o tempo, o silêncio, com as pessoas em torno dela. Caminha com dificuldade por calçadas intermináveis, que descem, descem, descem... Seus olhos são imensos como os de um personagem de mangá. Imensamente assustados, mas sem brilho. Dois aquários turvos. Sem coragem de encarar de frente até mesmo um vaso de violetas. O coração tornou-se pesado, insuportável, comprimindo todos os outros órgãos. Sua vida tem sido um repertório de falsidades. Uma peça de teatro ruim. Comendo chocolate amargo e ouvindo Helium. Ela agora é um espírito sem alma. Uma sombra. Dois olhos.
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