Estou extremamente tranqüilo neste exato instante em que escrevo, último dia do ano, camiseta preta da Morte, chocolate no almoço e meus pensamentos embalados pela Justine. Tenho metas bem definidas, vejam vocês. E os trilhos do metrô nem fazem parte dos meus planos. Não vou fazer listinha de realizações, fazer retrospectiva nem avaliar os 365 dias passados no inferno. Aquele ano durou apenas um mês, e foi dezembro. Único mês digno de ser lembrado. Foi quando algumas pessoas inacreditavelmente fascinantes apareceram e salvaram a minha vida sem perceber. Voltei a escrever (embora mal), voltarei à faculdade (não a mental, porque essa eu esqueci no bolso da calça que foi lavada na máquina), entre outros planos razoavelmente sensatos. Devo minha vida, também, a Kafka, Dostoiévski, Carpinejar, Ana C., Sylvia Plath, Anaïs Nin, Clarice Lispector, cujos livros me abrigaram dos piores pesadelos. Aos textos da Dani e KK, falados , escritos e telegrafados. Alguns filmes inesquecíveis. Conversas intermináveis, algumas boas risadas (adesivos no teto do ônibus, cafés trocados, filmes literalmente queimados). Livrarias. Às músicas de Cat Power ( Speak for Me), Beck, My Bloody Valentine, Siouxsie & The Banshees (Swimming Horses), Pretenders, Garbage, Arnaldo Baptista, Tom Petty. À banda Justine (Perto do Fim), humildemente homenageada com uma comunidade no Orkut (criada justamente hoje, não poderia haver data melhor). E olha que nunca mais procurei minha médica homeopata (eu temia pela saúde dela). Começo a acreditar que novembro, definitivamemte, terminou.
1 commentaire:
eu vou cantar eu to tão feliz eu gosto tanto de vc eu eu eu eu vou explodir
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