18 décembre 2004

Daniela

Daniela, ela senta-se junto à árvore no recreio
às vezes vamos até lá e todas as crianças brincam
Mas ninguém me sabe dizer onde de fato está Daniela
quando ela olha para longe daquela maneira

Daniela, o teu cabelo cresce bravio como uma selva
como um jardim de heras que foi soprado pelo vento
De manhã escovamo-lo e prendêmo-lo com uma fita
e ao fim do dia ele ganhou asas uma vez mais

Durante a tarde quando o dia parece eterno
e a noite parece que nunca chega, nessa altura ela suspira
Mas ninguém me sabe dizer onde de fato está Daniela
quando os pensamentos dela divagam em direção ao céu

Ilana á a amiga dela e corre rápido como um esquilo
tem uns grandes olhos castanhos e às vezes chora
Mas pára quase logo e ambas brincam juntas
fazendo castelos e tartes de morango

E às vezes Daniela acredita que é um pardal
senta-se à janela e come sementes de girassol
Observa a chuva e os pássaros nos telhados
e muitas vezes me pergunto o que será que ela vê

Durante a tarde quando o dia parece eterno
e a noite parece que nunca chega, nessa altura ela suspira
Mas ninguém me sabe dizer onde de fato está Daniela
quando os pensamentos dela divagam em direção ao céu

(Suzanne Vega, 1976, aos 16 anos)

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